domingo, 25 de setembro de 2011
A fonte fazia
Adormeci na longa noite,
e a luz que me seguia já não brilha mais;
Esqueci da olivia e seu óleo
e a lamparina se apagou...
A luz que agora me cercas é da razão,
da utopia, de uma verdade,
uma luz meia opaca, sem brilho, sem cor,
sem o esplendor de antes;
De quem és essa luz?
Que nem sombra reflete esse chão de barro;
Não sei ao certo,
nem de onde vem e nem para onde vai...
O pão que Deus dar diariamente,
apodrece no fim de cada dia,
sem sabor nenhum.
Como pode isso ter acontecido?
Aonde estar o lago de minha inspiração?
O lago secou, foi sugado terra abaixo,
bem profundo,
na qual não posso mais ir e nem olhar,
somente ao longe lembrar dessa fonte
na qual me fazia bem e feliz.
A fonte fazia 2
A cede que atormenta minha alma
se desfalece a cada dia,
a cada momento, a cada segundo,
cheguei ao fim da estrada.
Guiado pelo seu perfume,
o aroma da pura fonte, na qual secou
e só barro e pedra há hoje nela.
Com a concha das minhas mãos
levo agua até ela, mais o caminho foi longo,
quente e duradouro
e quando mais uma vez a chego
o sol tem secado-a novamente...
Mais eu sei que ao final de cada estrada
encontra-se uma luz;
o que farei?
Continuarei enchendo a fonte com minhas mãos
esperando o fim do verão,
e seguirei meu caminho,
nessa estrada fazia.
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