sábado, 8 de outubro de 2011
Delírios.
Neste instante o silêncio,
Por frações de segundos,
será absoluto,
sendo apenas vencido por gemidos
e palavras sussurradas docemente.
E nossos corpos, como nascentes
de rios, embargados em suor,
deslizarão mansamente sobre lençóis
em movimentos de carícias e cumplicidade;
Então te beijarei com toda
intensidade de meu ser
e olhando dentro de teus olhos,
Direi...
Te amo.
Ultima lágrima
Desejei ser tua lágrima.
Brotar de teus olhos,
Rolar em tua face,
Me acabar em teus lábios!
Só para tocar-lhe, sentir o gostinho
de te beijar de novo,
somente na ultima lágrima
te encontrarei mais uma vez...
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Te amo
Mais do que podem dizer
Os lábios meus
Fecho os olhos e vou sonhando
Com o dia em que seu amor será meu.
Olhe nos meus olhos
E veja que não é um engano,
Pois só olhando dentro deles
Saberás como eu te amo.
Como se ama
O silêncio da madrugada,
O orvalho numa flor,
O brilho intenso da luz sobre a calçada
É assim por você o meu amor.
Amor ausente
Em noites frias e tristes de inverno,
Penso em teu corpo macio e quente,
Lembro aquele amor puro e terno,
Recordo...
Relembro com doçura nossa união,
Não posso esquecer teu jeito ardente,
Meu viver sem ti é angustia e solidão,
Comparo tua beleza a da meiga primavera,
Nos teus olhos, uma luz resplandecente,
Sentir-me-ei infeliz por toda era,
Tristeza, vazio e nostalgia,
Penetram e povoam minha mente,
Levaste-me meu ânimo e minha alegria,
Hoje, resta-me apenas a lembrança,
Das carícias, dos afagos e dos beijos intermitentes,
Não deixaste sequer uma ponta de esperança,
Recordo, afinal, que hoje és,
O meu amor ausente!
domingo, 25 de setembro de 2011
A fonte fazia
Adormeci na longa noite,
e a luz que me seguia já não brilha mais;
Esqueci da olivia e seu óleo
e a lamparina se apagou...
A luz que agora me cercas é da razão,
da utopia, de uma verdade,
uma luz meia opaca, sem brilho, sem cor,
sem o esplendor de antes;
De quem és essa luz?
Que nem sombra reflete esse chão de barro;
Não sei ao certo,
nem de onde vem e nem para onde vai...
O pão que Deus dar diariamente,
apodrece no fim de cada dia,
sem sabor nenhum.
Como pode isso ter acontecido?
Aonde estar o lago de minha inspiração?
O lago secou, foi sugado terra abaixo,
bem profundo,
na qual não posso mais ir e nem olhar,
somente ao longe lembrar dessa fonte
na qual me fazia bem e feliz.
A fonte fazia 2
A cede que atormenta minha alma
se desfalece a cada dia,
a cada momento, a cada segundo,
cheguei ao fim da estrada.
Guiado pelo seu perfume,
o aroma da pura fonte, na qual secou
e só barro e pedra há hoje nela.
Com a concha das minhas mãos
levo agua até ela, mais o caminho foi longo,
quente e duradouro
e quando mais uma vez a chego
o sol tem secado-a novamente...
Mais eu sei que ao final de cada estrada
encontra-se uma luz;
o que farei?
Continuarei enchendo a fonte com minhas mãos
esperando o fim do verão,
e seguirei meu caminho,
nessa estrada fazia.
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